E para começar as postagens, publico (divulgo) um texto que escrevi, quando estive em Curitiba. Espero que quem leia goste (e se não gostar, ok, não tenho problema algum com críticas, desde que construtivas haha)
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Sempre me
perguntei o porquê da necessidade das pessoas em possuir alguém ao seu lado,
entrelaçarem-se em um relacionamento, terem um namorado, namorada, casarem,
enfim, estarem em um relacionamento (e é engraçado isso, visto que me considero
uma pessoa carente).
Digo isso
porque não é incomum eu ouvir um amigo, conhecido, ou até mesmo um estranho no
shopping se queixando, por exemplo, seja por telefone, seja com alguém que o
esteja acompanhando, de um relacionamento que não deu, ou que não está dando
certo.
Recentemente,
uma amiga minha me contou que sua amiga Fabiana (nome fictício) estaria
planejando um “chá de ajuntamento”, ou como é conhecido, um “chá de panelas”,
eis que estaria indo morar com seu namorado, que conhecera há menos de um ano
(nota: essa mesma menina havia passado por diversos outros relacionamentos
desastrosos, um após o outro). Nesse caso em específico, não estou nem feliz,
nem triste, brabo, decepcionado ou com inveja dessa menina, uma vez que cada um
sabe de si, cada um sabe o que lhe faz feliz. O que não entendo é: onde foi
parar o orgulho solteiro?Onde está o problema em, por exemplo, ir ao cinema
sozinho, sair para jantar em um bom restaurante, acompanhado tão-somente de
você, seus pensamentos, suas indagações, seu ego, seu “ID”, como diria Freud?
Não sei em que
época isso se perdeu (até porque a história da humanidade é conhecida por
objetivos e metas traçados juntos – tome-se por exemplo os homens das cavernas,
as primeiras civilizações com sua “modernidade” em ascensão – não se levando em
consideração as décadas de 10 à 50, onde a mulher, por exemplo, era vista
apenas como uma mantenedora do lar, uma cuidadora dos filhos), só sei que há
tempos não se ouve uma mãe, um pai, um avô ou avó, ou até mesmo um amigo
próximo falando para alguém: você pode ser feliz sozinho(a), ou ainda, você é
feliz (ou pode ser feliz e realizado) solteiro.
Certa vez uma
pessoa por mim muito querida, por quem tenho elevado apreço e consideração me
disse o seguinte: “Sozinho, vou mais longe, juntos, vamos mais depressa”. Bem,
sem desmerecer a frase dessa querida pessoa, eu penso que sozinho, tendo a
pessoa determinação, amor-próprio e elevada auto-estima, ela vai mais longe e mais
rápido. Muitas vezes um relacionamento pode significar um atraso de vida, um
balizador de conquistas e realizações pessoais, que, na sua maioria, faz com
que se abra mão de muitas coisas que se gosta de fazer, em detrimento desse
relacionamento, em detrimento dessa pessoa.
Então, eu
penso: melhor é que se trabalhe a auto-estima e o amor próprio, do que ter a
falsa ilusão de que um relacionamento é um salvador da pátria, uma chave-mestra
que abre todas as portas, um sinônimo de felicidade eterna.
Seja feliz
consigo mesmo, e depois busque alguém para complementar sua felicidade, e não
para trazer felicidade à sua vida.